Bubble é uma plataforma de desenvolvimento web visual que permite aos indivíduos e empresas criarem aplicações web totalmente funcionais sem a necessidade de codificação.
Essa ferramenta vem transformando a maneira como o software é criado e está quebrando as barreiras entre aqueles que têm ideias e a capacidade de transformá-las em produtos reais. Com Bubble, um conceito pode ser transformado em uma aplicação completa em minutos.
Este artigo vai explorar, em profundidade, as várias facetas do Bubble, abrangendo desde sua funcionalidade essencial até as possibilidades ilimitadas que oferece em termos de desenvolvimento de software.
Prepare-se para uma imersão informativa e esclarecedora no Bubble e descubra como essa poderosa ferramenta pode revolucionar a maneira como você encara o desenvolvimento de aplicativos.
Índice
Qual é o objetivo do Bubble?
Antes mesmo de falar a respeito do Bubble, vamos entender melhor o conceito do No Code!
No Code é um termo que mudou minha forma de ver o desenvolvimento de software, e definitivamente vai mudar a sua forma de ver as coisas também. Esse termo ganhou muita popularidade nesses últimos anos, o que expandiu a acessibilidade no desenvolvimento.
O No Code nada mais é do que uma forma, com uma série de ferramentas, que te permitem criar aplicações web, aplicações mobile, aplicativos simples, aplicativos avançados, softwares… tudo isso sem digitar uma linha de código.
Também conhecido como Desenvolvimento Visual de Aplicações, ou RAD – Rapid Application Development -, não passa de um meio de desenvolvimento rápido de aplicações.
E, foi justamente explorando as principais ferramentas No Code, que eu conheci o Bubble e finalmente consegui tirar do papel minha primeira ideia de aplicativo!
Quais as melhores aplicações para Bubble?
Existem diversas ferramentas No Code, algumas mais populares do que outras; realmente dezenas, ou centenas delas. E, desde que eu me envolvi no desenvolvimento No Code, eu venho “planilhando” essas ferramentas.
Isso é algo que eu acompanho quase mensalmente, sempre observando a evolução das principais ferramentas: Quais são essas ferramentas? Quais recursos elas têm? E, o quão difícil é aprender a usar elas?
Nesse mundo No Code, você tem desde ferramentas que são muito fáceis de aprender, que você pode aprender em literalmente cinco minutos, mas que não tem quase recurso nenhum.
Existem também as ferramentas recheadas de recursos, do básico ao avançado, mas que são muito mais difíceis de se aprender, ou que não se encaixam no nosso perfil de desenvolvimento.
Desde o início, o Bubble nunca foi uma ferramenta difícil de aprender, mas ao mesmo tempo sempre foi a ferramenta com a maior quantidade de recursos disponíveis no desenvolvimento. Então, Bubble é a ferramenta que escolhi para trabalhar desde o início.
Por quê? Porque, até hoje, ela é a ferramenta No Code mais poderosa que existe para criar aplicações web. E, quando falo de aplicações web, não confunda: Não falo só de apps que funcionam no computador, muito pelo contrário.
Essas são aplicações que funcionam em qualquer dispositivo. Essa é uma ótima vantagem, já que você cria a aplicação apenas uma vez, e ela vai funcionar tanto no computador, quanto no notebook, no tablet, no celular… Isso porque ela se ajusta ao tamanho de qualquer tela.
Essa opção de responsividade pode ser configurada na criação do aplicativo, então não é preciso criar uma versão diferente da sua aplicação web para cada dispositivo. Esse é um dos motivos pelos quais é tão rápido e eficaz criar um aplicativo com Bubble.
O que é possível fazer com o Bubble?
Agora que você já conhece o Bubble, vamos entender o que é possível criar com ele. O Bubble possibilita a criação de diversos tipos de aplicações, contendo uma infinidade de recursos ao seu dispor para explorar o desenvolvimento de software.
Então, o que eu consigo criar com ele?
Você pode criar marketplaces, como o Airbnb, por exemplo. Marketplace é, basicamente, onde compradores de qualquer coisa encontram vendedores de qualquer coisa. Por exemplo, onde donos de imóveis encontram quem tem interesse em alugar um imóvel.
Bubble é uma plataforma perfeita para criar marketplaces.
Um exemplo disso é a Aqqua, um marketplace onde proprietários de embarcações encontram passageiros que querem alugar suas embarcações por um dia ou um fim de semana.
O uso do Bubble também é ideal para a criação de classificados, como WebMotors e OLX. Eles são similares aos marketplaces, mas a principal diferença é que os classificados não têm intermediação financeira, algo que o Bubble pode implementar perfeitamente.
Portais de emprego também são uma ótima aplicação para o Bubble, onde empresas podem postar vagas e encontrar candidatos. Uma vez que você entende como criar esses portais, percebe que eles são essencialmente uma página para a empresa, uma página para cadastrar vagas e uma página para os candidatos encontrarem essas vagas.
Aplicativos de fidelidade e agendamento são outra aplicação onde o Bubble se destaca.
Por exemplo, criamos um aplicativo simulado para uma barbearia que utilizou o Bubble de maneira impecável. Bibliotecas de vídeos seguem o mesmo princípio, com páginas de cadastro de vídeos que podem ser configuradas com um gateway de pagamento para que os usuários só tenham acesso aos vídeos após se tornarem assinantes pagantes.
Plataformas de EAD, como a da Comunidade Sem Codar, que é um curso pago, também foram criadas com Bubble. Essas plataformas são muito parecidas com bibliotecas de vídeos, mostrando como tudo começa a fazer mais sentido.
Redes sociais, como Facebook e Twitter, também podem ser criadas utilizando Bubble, e eu tenho um vídeo no YouTube mostrando passo a passo como clonar o Twitter com essa ferramenta. Aplicativos de CRM e gestão de vendas são outras aplicações viáveis com Bubble.
Um exemplo é o Pipe Drive, que ajuda a gerenciar clientes desde o primeiro contato até o fechamento da venda. Sistemas de gestão, que são basicamente um conjunto de módulos integrados, também são ideais para Bubble. Um aluno nosso criou um sistema de gestão completo para escolas de esportes, com diversos times de futebol como clientes.
Aplicativos de gestão de investimentos também se beneficiam do Bubble, pois podem integrar fontes de dados para obter informações sobre valores de ações e criptomoedas.
Um exemplo é a TransFácil, uma fintech que facilita o envio de dinheiro e recargas para famílias no Caribe e na África. Aplicativos de delivery também podem ser criados com Bubble. Eles integram interfaces para restaurantes, usuários e entregadores, unificando todas as informações.
Um aluno nosso criou um aplicativo de delivery baseado na estrutura de produtos do iFood, e já vendeu sua empresa, mostrando o potencial do Bubble. O Bubble permite integrações universais com APIs, conectando-se a qualquer outro serviço web.
Por exemplo, um aluno nosso criou um aplicativo que integra o Mercado Livre a outro marketplace que não se comunica de forma nativa.
Vendedores do Mercado Livre podem importar seus produtos para esse outro marketplace, automatizando o processo de cadastro de produtos. Isso demonstra a versatilidade e o poder do Bubble em criar soluções integradas e eficientes.
O que NÃO é possível fazer em Bubble?
Agora, o que NÃO é possível criar com Bubble? Um bom exemplo do que não é possível fazer em Bubble são editores gráficos avançados e pesados. Algumas pessoas perguntam se dá para criar um Canva no Bubble, e a resposta é não.
Não, não é possível criar um Canva com Bubble. Por quê? Porque é necessário não só um desenvolvedor, mas uma equipe inteira de desenvolvedores altamente qualificados.
Há até uma empresa brasileira que atua nessa linha do Canva, e eles também enfrentam essas dificuldades. Criar esse tipo de ferramenta é uma verdadeira inovação tecnológica, algo que Bubble não é capaz de fazer. Contudo, é possível realizar manipulações básicas em imagens, como personalizar a cor de um post ou inserir uma marca d’água.
Também é possível manipular vídeos. Por exemplo, um aluno nosso criou um aplicativo onde você pode adicionar nome, e-mail e telefone a um vídeo padrão para corretores de vendas.
No entanto, criar um editor gráfico robusto como o Canva não é viável com Bubble.
Aplicativos de transporte, que dependem de tempo real e precisão, – como Uber ou 99 – também não são ideais para Bubble. Aplicativos que mostram com precisão a localização de motoristas ou entregadores em tempo real exigem recursos que Bubble não pode oferecer.
Por exemplo, as ferramentas No Code não conseguem manter a troca de dados de GPS com o banco de dados quando a tela do celular está apagada. Portanto, se o motorista desliga a tela, a localização dele deixa de ser visível.
Para aplicativos que não exigem essa precisão, como um aplicativo de delivery onde o entregador marca quando sai do restaurante e quando realiza a entrega, o Bubble é suficiente. No entanto, para precisão total ao longo do trajeto, Bubble não é a melhor opção.
Além disso, Bubble não é adequado para criar jogos. Existem ferramentas No Code para criar jogos, mas Bubble não é uma delas, pois criar jogos envolve interações 2D e 3D muito complexas. Aplicações instaladas localmente no computador, como uma ferramenta PDV de supermercado que precisa funcionar offline, também não podem ser criadas com Bubble.
Bubble cria aplicações web hospedadas na nuvem, na Amazon.
Portanto, sempre dependerão da internet para funcionar. Se você precisa de algo instalado no computador que funcione offline, terá que recorrer ao código tradicional, pois as ferramentas No Code não atenderão a essa necessidade.
Quanto custa a mensalidade do Bubble?
Quanto custa usar o Bubble? Parece caro, né? Mas na verdade, não é.
O Bubble oferece quase tudo o que você precisa no plano gratuito para construir seu aplicativo. Todos os tutoriais e vídeos que eu tenho no YouTube usam o plano gratuito. Quando você decide lançar o aplicativo comercialmente, é aí que você passa para o plano pago, e isso por três motivos principais:
- Primeiro, para remover a marca d’água, você precisará do plano pago;
- Segundo, para mudar a URL de teste, ou seja, para migrar para um domínio próprio; e
- Terceiro, para acessar alguns recursos mais avançados do Bubble.
O plano pago mais comum custa 29 dólares por mês, o que equivale a cerca de 150 a 180 reais.
Agora, veja que interessante: Se você contratasse um desenvolvedor para tirar sua ideia do papel, o custo de um mês de salário desse desenvolvedor provavelmente cobriria de dois a três anos de uso do Bubble. Faz essa conta e veja o quanto você pode economizar!
E como transformar isso em dinheiro?
É possível criar aplicativos utilizando essas ferramentas mesmo sem saber programar. Existem várias maneiras de monetizar esses aplicativos. A primeira é criando uma agência. Isso é interessante porque temos alunos que já estão seguindo essa linha e se saindo muito bem.
Na nossa comunidade, criamos um marketplace de freelancers, onde os melhores desenvolvedores do Brasil podem se cadastrar. Muitas pessoas me perguntam diariamente se conheço alguém para criar um aplicativo, e eu sempre indico que entrem nesse marketplace. Os alunos estão conseguindo muito trabalho por meio dele.
Por exemplo, a Props Digital é uma agência focada 100% em desenvolvimento No Code, para vários clientes, e a Code Nuts já desenvolveu aplicativos para grandes empresas como Nivea e ACDE. Muitos estão se dando bem como freelancers ou como agências de desenvolvimento.
Entre as formas de monetizar um aplicativo, essa talvez seja a menos lucrativa, mas ainda vale mencionar, pois muitos me perguntam sobre isso. Para começar a ganhar dinheiro significativo com anúncios em um aplicativo, você precisa ter cerca de 100 mil visualizações por mês. No entanto, se você tem esse volume de visualizações, existem maneiras mais eficazes de monetização do que com anúncios.
A intermediação financeira é um método popular, utilizado por aplicativos como Airbnb, iFood e Orkana, onde o aplicativo retém uma comissão sobre as transações realizadas. Esse modelo é comum especialmente em marketplaces.
Outra forma de monetização é a assinatura, que é a mais comum para softwares como serviço (SaaS). Exemplos incluem Pipe Drive e Trello, que operam nessa modalidade. O BomTime e o Cell Delivery também operam no modelo de assinatura, com planos a partir de 69 reais por mês. Já o TransferFast utiliza o modelo de intermediação financeira.
Esses métodos demonstram as várias formas de transformar aplicativos em negócios rentáveis, dependendo do tipo de serviço oferecido e do público-alvo.
Comunidade Sem Codar: Tire suas ideias do papel
Então, podemos concluir que o Bubble surge como uma solução inovadora e acessível para a criação de aplicativos e projetos web, sem a necessidade de codificação.
A monetização desses aplicativos é totalmente viável, inclusive através da criação de uma agência. Isso amplia consideravelmente as possibilidades para empreendedores, alunos e aqueles que desejam ingressar na área de desenvolvimento web.
Assim, se você deseja entrar no desenvolvimento No Code, é importante considerar a praticidade e versatilidade oferecidas pelo Bubble para seus futuros projetos. Além disso, a Comunidade Sem Codar está disponível para transformar suas ideias em realidade.
Portanto, não deixe suas ideias no papel, torne-se membro da Comunidade Sem Codar!